Ele agradeceu ao líder do PT na Casa,
Afonso Florence (BA), pela “confiança”. O novo presidente da Câmara também
agradeceu à família e chorou. Maia afirmou que terá muito trabalho a fazer e
que tem de pacificar o plenário. De acordo com o novo presidente da Casa, não é
só do governo que vêm boas ideias e cada deputado tem de ser ouvido. Após o
discurso de posse, Maia encerrou a sessão e convocou uma outra, não
deliberativa, para esta quinta-feira, 14, às 14 horas.
Cerca de uma hora e meia depois de a
sessão ter sido suspensa, os parlamentares iniciaram o segundo turno da
votação. Por ordem alfabética, Maia e Rosso tiveram dez minutos cada para falar
no plenário.
No intervalo, eles circularam de
liderança em liderança negociando apoio para as suas candidaturas. Em seu
discurso, Maia buscou agradar governistas e oposicionistas. Ao falar do seu
pai, o ex-prefeito Cesar Maia, e lembrar da Constituinte, o parlamentar citou
políticos de nomes de diversos partidos, como Ulysses Guimarães, fundador do
PMDB, Mário Covas, fundador do PSDB, e José Genoino, do PT.
Maia afirmou que foi muito criticado no
início da disputa por ter buscado apoio de partidos da esquerda, mas defendeu a
unidade da Casa. Ele também aproveitou para rebater críticas dos bastidores de
que é antipático e adotou um discurso de aproximação, dizendo que é igual a
todos.
“Dizem que o Rodrigo não sorri, mas o
Rodrigo cumpre palavra, Rodrigo é leal, acho que isso é que é determinante para
o mandato parlamentar”, disse. “Se eu sentar naquela cadeira eu serei só um de
513, nós vamos comandar essa cada juntos”, continuou. “Quero acabar o império
dos líderes, porque os líderes são importantes, mas todos tem que ter
oportunidade de falar.”
Maia afirmou ainda que o momento é de
crise e que a Câmara enfrentará “projetos difíceis” e que o futuro líder da
Casa precisará ter “responsabilidade independente de ser governo e oposição”.
Ao falar das votações, Maia defendeu o fim das votações de madrugada.
Em um discurso de morde e assopra, Maia
criticou o governo Dilma Rousseff, dizendo que alertou que o Brasil estava
“quebrado”, que a situação “só piorou” com o tempo, e que o Legislativo precisa
falar sobre questões do Executivo. Em sua fala, Rosso abriu mão de parte do seu
tempo de fala.
Antes do discurso, Rosso convidou Maia
para subir na tribuna e eles se abraçaram. “Quero dizer que, é claro, quem
senta naquela cadeira não é uma pessoa, somos todos nós”, discursou. “De fato é
um mix de emoção, ansiedade, mas de convicção, de que é esse Parlamento que vai
enfrentar com altivez e coragem as reformas estruturantes que sabemos que o
Brasil precisa.” Rosso também fez uma brincadeira, dizendo que por residir em
Brasília não vai precisar usar avião da FAB e vai economizar.
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